Episódio 1
Por mim mesma, Imperatriz do Caos.
Você entra na sala.
Tem gente demais, vozes demais, sorrisos demais.
Você se aproxima do grupo, sorri, espera uma brecha para falar.
Ninguém nota.
Senta num canto. Escuta. Espera.
Enquanto isso, uma outra mulher entrou — sem sorrir, sem dizer nada. Mas todo mundo virou o rosto pra ela.
Ela não pediu licença.
Ela tomou o ambiente.
Aquilo poderia ter sido você.
Você quer saber o primeiro erro das mulheres que perdem o trono antes mesmo de sentar?
Elas pedem licença.
Pedem para entrar, para existir, para opinar, para brilhar. Como se estivessem constantemente esperando um aval externo para assumir o que já é delas por direito interno.
Deixe-me ser direta com você:
o mundo não foi feito para te dar espaço. Foi feito para você tomar o seu.
Essa foi uma das primeiras lições que aprendi quando comecei a jogar em mesas de poder. E aprendi observando. Porque os verdadeiros jogadores não perguntam se podem participar. Eles simplesmente chegam. Observam. E se comportam como se tudo já estivesse sob o próprio comando.
E adivinha?
Logo está.
O Comportamento Invisível que Te Sabota
Você foi condicionada a se calar por educação.
A se fazer pequena por “respeito”.
A se ajustar ao ambiente em vez de moldá-lo.
Mas aqui está a verdade que ninguém te conta:
Quem pede licença comunica insegurança.
E quem comunica insegurança, ativa um comportamento automático nos outros: desconsideração.
O cérebro humano responde primeiro aos sinais visuais e energéticos — não às intenções.
Quando você entra num espaço se encolhendo, se desculpando ou se explicando demais, o sistema inconsciente das pessoas interpreta:
“Essa não é uma figura de liderança. Pode ignorar.”
Agora, observe o contrário:
Uma mulher que entra com postura. Silêncio firme. Olhar direto. Sem pressa. Sem ansiedade.
Ela nem precisa dizer seu nome. Ela é percebida como comando.
Ciência e Estratégia do Poder Feminino
Amy Cuddy, autora de O Poder da Presença, provou que o corpo molda a mente e a mente molda a percepção dos outros.
Ou seja: postura corporal e linguagem não verbal definem como o mundo te lê.
Antes mesmo de você abrir a boca, já foi lida como autoridade — ou como figurante.
Maquiavel, em O Príncipe, nos ensinou:
“A aparência de poder frequentemente é mais eficaz do que o poder em si.”
É por isso que mulheres estrategistas se tornam imparáveis. Elas não esperam títulos, convites ou permissões.
Elas se comportam como rainhas e o mundo acaba tratando como tal.
Ritual de Poder – A Entrada da Rainha
Você vai treinar presença estratégica. A partir de agora.
- Postura de comando:
Antes de entrar em qualquer ambiente, respire fundo, alinhe a coluna, eleve o queixo.
Seu corpo precisa chegar antes de você. - Olhar fixo e voz firme:
Evite suavizações.
Nada de “acho”, “desculpa”, “é só uma ideia”.
Diga. Olhe. Silencie. E deixe que o peso da sua certeza fale por você. - Escolha seu lugar:
Nunca sente nas beiradas. Nunca fique nos bastidores.
Posicione-se onde pode ser vista, ouvida e lembrada. - Código interno:
Sempre que hesitar, repita:
“Eu não peço. Eu pertenço.” - Elimine o comportamento auto sabotador:
- Não ria de nervoso.
- Não disfarce insegurança mexendo no celular.
- Não se explique quando não for necessário.
- Não se diminua pra caber em nenhum ambiente.
Caso Cabuloso da Corte
“A vez em que quase me colocaram no bastidor”
Uma vez me convidaram para um grande evento e disseram:
“Você é estratégica demais. Queremos você nos bastidores.”
Claro que sou estratégica. Estratégica o suficiente pra saber que bastidor demais apaga qualquer mulher.
Respondi com um sorriso tranquilo:
“Adorei o convite. Mas eu prefiro palco. Se for pra mexer no jogo, que seja à vista de todos.”
Duas horas depois, eu estava no palco principal.
Porque quem impõe presença — vira pauta.
E agora, preste atenção.
Você já perdeu convites, olhares, oportunidades e respeito.
Não por falta de capacidade. Mas por ter entrado devagar demais.
A mulher que pede licença está autorizando o mundo a ignorá-la.
Mas agora, você sabe.
E quando uma mulher sabe — ela não tem mais desculpa.
No próximo episódio, eu vou te mostrar como o silêncio e o charme certo podem transformar sua simples presença em comando absoluto.
E não se engane…
Quem aprende a jogar em silêncio, reina com menos esforço.
Eu sou a Imperatriz do Caos. E esta é sua iniciação.
Assinado,
Imperatriz do Caos
Aquela que não pede o trono. Senta.
Ensina. E observa você reinar.
Você está no tabuleiro agora.
E toda jogada tem consequência.
Continue. Ou será engolida.